4/17/2011

Transfiguração sob o olhar de Di Cavalcanti (cinco moças de Guaratinguetá)

São bocas rubras do vinho
de uma festa que não houve
são incêndios represados
são lábios sujos de love.
São segredos que se acoitam
na passagem dos vestidos
são  reveses que se atrevem
entre o haver e o havido.
Lume no lago dos olhos
que a aurora dissemina
são rumores da natura
no que é fêmea e feminina.
São recatos do silêncio
nos desacatos da cor
são a estiagem úmida
do sonho que transbordou.

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